sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Há uma linha que nos separa

O tempo é por contra posição o maior amigo ou inimigo da razão.
Lembrando a inesperada e teatral crise de verão protagonizada pelo sr Paulo Portas ,que não sairá tão depressa do nosso quotidiano político e permanecerá por muitos anos na memória dos portugueses ,a qual juntamos a famosa linha que disse não poder ser ultrapassada ,e acrescentamos a não menos mediática palavra irrevogável.
Se dúvidas havia na forma afirmativa do que deixava entender o seu discurso ,hoje é bem claro que o valor do português utilizado na conjuntura do texto indicava que o não ultrapassável é pois ultrapassável ,e que o irrevogável é assim também revogável.
A famosa linha vermelha existe e está bem presente na memória da história Europeia e na dos portugueses em particular por consequência de uma invulgar falta de preparação e de falta de conhecimento e organização bem como de capacidade de conduzir os destinos de milhões de seres humanos no respeito pela vida e pela inocência de povos pacíficos e solidários nos direitos fundamentais da paz e da liberdade.
Por essa mesma razão milhares de soldados portugueses na inesquecível linha Francesa essa sim bem vermelha ,entregaram a sua vida na defesa de valores inseparáveis da sociedade moderna evoluida que compre a todos nós honrar-mos hoje e sempre.
Mas hoje por consequência de outra linha vermelha igualmente fatal para milhões de portugueses que se vêem despojados de dignidade e de uma mínima qualidade de vida , confinados a uma crescente pobreza de existir ,comprometendo a saúde física,psicológica e moral da sociedade, que se sente incapaz de enfrentar com esperança e confiança o futuro de suas vidas e de gerações vindouras neste país ao abandono governado por sucessivos governos de élites intelectuais de má gestão e corrupção política económica e social do estado , e das instituições democráticas.
Se mais dúvidas houvesse temos por fim a confirmação que esta élite política criada na sombra de um verdadeiro 25 de Abril , apenas renovou a grande irmandade carbonária que minou e destruiu a primeira república e que conduziu Portugal a uma ditadura.
Provado está que estes sócias democratas são um caso irrevogavelmente perdido de democracia social e participativa.
Provado está que a linha vermelha foi ultrapassada e que o português destes senhores não é o português do cidadão comum assente na dignidade no respeito e na honra.
Que afinal estes democratas sociais e populares são um sinônimo de pupolarismo de avidez de poder num desejo liberal cego que ultrapassa todos os irrevogaveis direitos consagrados na constituição que aprovaram mas que hoje querem rejeitar com um objectivo único do puder absolutista e totalitário, desrespeitando os valores inseparáveis da democracia como seja o direito à liberdade .
Do maior partido da oposição fica a questionável firmeza de valores e por conseguinte a incerteza de perceber de lado estão de designada linha vermelha.
Dou outros partidos uma completa utopia de consciência de valores democráticos e sociais que se percebe ser impraticável implementar numa sociedade justa.
Da social democracia cristã nem sinal , mas eu espero que venha de Fátima o milagre da luz , que nos conduza para além da linha vermelha em segurança , e que ilumine estas mentes intelectuais de inação e obscuridade preenchidas por números de uma economia de mercados paralisada escuridão de ideias e idiais de justiça e paz.
E assim citando os evangelhos <<felizes os humildes de coração porque deles é o reino dos céus >> ,que enfim tenhamos a felicidade de ficar bem longe , mas bem longe destes senhores  democratas intelectuais.

      José Paz

Bom dia...