terça-feira, 27 de maio de 2014

A Subversão dos Resultados e o Futuro

Como em todas as campanhas de eleições , na hora da análise dos resultados cada um faz as suas contas e leituras .
Interessa pois perceber que nos três partidos do arco da governação a distribuição dos 20% dos votos  escrutinados representa uma diferença de 4% entre a coligação de governo e o maior partido da oposição PS .
Assim o sr Seguro fez a festa , deitou demasiados foguetes e recebeu demasiados aplausos , foi longe no seu discurso e esteve longe da realidade , já a coligação optou por comparar resultados entre eles ,para assim disfarçar os números da derrota .
Não é pois de estranhar que já se perfile as substituições dentro do partido PS , e que os PSD e CDS façam uma festa com a desorientação que reina pró lado do Rato .
Se há algo a registar nestas eleições é uma clara demostração de descontentamento e uma crescente desconfiança nos actuais políticos , que representam as possibilidades de governação à esquerda e à direita . Também nos votos em branco e nulos 8% há uma grande representação do descrédito no poder político . Na CDU a subida é natural e advém de um discurso constante que acolhe junto da população conservadora o firmado voto de repúdio e descontentamento das actuais políticas .
No caso MPT do sr Marinho , a questão é bem o discurso fácil e convincente no momento , feito de populismo e que vai ao encontro de classes que tem sofrido na pele a força dos cortes e perdas de rendimentos , que são reformados , comerciantes , trabalhadores independentes e liberais , e classe média-baixa em geral .
No caso do BE têm uma consequência diversa começando logo pelas fracturas que o partido sofreu e representam a dispersão do seu eleitorado por três forças partidárias , a sua , a do MAS e do LIVRE , e ainda uma liderança a dois que não favorece uma unidade e não confere uma dinâmica única que cria a ideia de divisão na opinião pública .
Quanto ao MAS está quase no perímetro da subsistência dos eternos partidos políticos de valor residual sem um programa verdadeiramente capaz de oferecer uma alternativa política .
O LIVRE por sua vez sendo a primeira campanha eleitoral em que se apresenta ao eleitorado têm um resultado satisfatório e oferece uma alternativa dentro dos novos partidos sendo que é na realidade o mais novo , talvez por isso não tenha sabido abrir-se a população e convocar mais a participação dos seus membros na hora de passar a sua mensagem .
Revela -se assim um novo panorama político e como consequência uma grande incerteza quanto ao futuro político na constituição de um governo nesta manta de retalhos tão dispares e opostos a conseguir convergir em consensos .
Agora começa a verdadeira política que deve renascer das cinzas , da ruína em que estes últimos 8 anos dizimou o tecido económico e social do país .
É preciso que se apresentem propostas concretas e sérias de rigor que sejam a alternativa credível a submeter a sufrágio nas próximas legislativas .
Considero que se devem começar a organizar um conjunto de políticas que possam conduzir o país no progresso e na construção e consolidação do emprego e do rendimento salarial das famílias e de todos os trabalhadores .
A necessidade de uma política que seja o garante da equidade e solidariedade entre gerações , de forma a desenvolver a dignidade do ser humano e das populações mais desfavorecidas ,    que seja uma profunda reestruturação dos valores  da sociedade , que possa repor em condições de igualdade os cidadãos , e promova a qualidade de vida na infância , na juventude , na idade adulta de construir família e por fim na velhice .
Uma política que devolva a excelência no profissionalismo público , com remuneração adequada e progressão de carreiras , que recompense o mérito a permanência assídua , bem como a exclusividade em sectores como os da justiça , da saúde , da educação ,e das autoridades civis e militares , e também nas forças armadas , sem esquecer os altos cargos públicos do sector estado .
Uma política que promova a profissionalização e especialização dos seus sectores académicos , e técnicos industriais  , e dinamize os sectores estratégicos da economia como o turismo  , o mar , as energias alternativas , que reabilite a sua indústria de construção civil , e metalúrgica , que incentive e acentue a qualidade e excelência das exportações de tecidos empresariais como das novas tecnologias , dos têxteis , calçado , mobiliário , entre outros que pela exceção são um valor acrescentado na nossa presença na economia global.
Uma política que recupere os sectores das pescas , e construção naval , e por fim uma política agrícola forte na implementação da agricultura como forma de sustentação e autosuficiência alimentar de bens primários como os ceriais .
Requerem os tempos presentes que todas as políticas promovam e intensifiquem o combate a desertificação , e a baixa natalidade , que se construa um sociedade que encontre na qualificação e criação de emprego uma política de apoio à família e a fixação das famílias nos seus meios rurais onde encontrem os bens e serviços essenciais a uma vida de comunidade com todas as as condições de usufruir dos mesmos direitos em resultado da sua interioridade em desfavor das concentrações no litoral e das grandes cidades .
Não posso deixar de referir a cultura e as artes esse parente pobre dos orçamentos , mas que representa um valor acrescentado na economia do país , embora sendo auto-construtivo e auto-criativo merece uma cuidada política , sendo certo que uma sociedade em progresso e com melhores  condições sócio-económicas tem pois mais tempo para crescer intelectualmente e culturalmente .
No contexto global e em particular da Europa e de Portugal a governação das políticas deve surgir por forma a sustentar a autonomia e independência económica e social do país e das populações , e recuperar as famílias e as melhorias de vida .
Há uma questão que se sobrepõe a todas as politicas essenciais , e que se prende com uma possível e necessária renegociação da dívida , é preciso pensar a dívida o seu peso no futuro do país e a capacidade de recuperar a economia do país e o poder de compra do povo .
A exigência agora é da competência , da responsabilidade , do profissionalismo , de homens e mulheres capazes , com uma visão de futuro , e a forte determinação e convicção que há um caminho alternativo , uma estratégia e uma vontade  de empreender uma política ao serviço de todos e pelo bem de todos , que mobilize a sociedade e a reúna em torno de um bem comum e de um futuro melhor com oportunidades iguais , que promova o cidadão e o integre na vida activa e cívica da sua comunidade e do seu país .
Este acredito eu deve ser o sentido das políticas do século XXl na defesa dos valores da democracia , da liberdade , da igualdade , e da solidariedade nacional e europeia .
        José Paz
     Texto de autor
Lisboa 27 / 05 / 2014

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Uma Vez Europa !

 Uma Vez Europa ! Europa Sempre !

Este podia ser o slogan de uma qualquer campanha de um partido político , o de um qualquer candidato à Comissão Europeia . Mas não o é . É sim um pensamento de um humilde cidadão europeu , sem qualquer curso universitário , ou título académico , e ainda sem formação política , enfim eu um perspicaz espectador , um assíduo observador , e um atento e dedicado pensador .

Será a Europa uma formação unitária política possível ?
Se olharmos a Europa saída da ll Guerra Mundial , encontraremos três blocos de Europa ; uma a Europa dos países totalitários , a outra a URSS que se formava um bloco sustentado a cavalo em dois continentes , e o terceiro bloco o das velhas e tradicionais pátrias Europeias .
Foi sempre um problema político , avançar para a união destes três blocos , e mais difícil lidar com eles estrategicamente .
Em meados do século xx uma aliança como que uma balança ! Sim uma balança que se propunha a equilibrar as políticas da futura Europa .
Tratava-se de um consentimento , de um boa vontade e de ampla colaboração política .
Mas a balança Europa , terá alguma vez tido maior inimigo que a política dos grandes estados .
Levantaram-se as cismas e questões ; balança política ? Mas de quem e de quê ? Só Europeus ?
Ora logo aqui se destrói o quadro Europeu , sob a pressão das forças contraditórias que minam o domínio político , e também o cultural e económico . O problema da Europa era restabelecer ou repor a ordem , a paz , a confiança , a liberdade e democracia , numa política feita inquietação e sem a lealdade da unidade Europeia .
Foi assim o efeito dos visionários , dos higienistas , que tendia em alargar os limites da vida dos povos , da capacidade e esforços dos políticos e das políticas , e enfim os da Europa ! Sim fazer essa tal Europa .
Seguindo a chave mestra , é possível e concebível uma boa fórmula , a fórmula da salvação ?
É possível e concebível fazer do caos das nações , das rivalidades , das eriçadas armadas ,das destruturadas social e económicas sociedades uma única Europa ?
É concebível a Europa a nível de instituição política , ou organização de super-estado ?
É concebível uma Europa política que se sobreponha às nações-estado , e consiga criar províncias de um grande Estado Europeu ?
É por fim concebível o velho ideal saído da reconstrução da Guerra , de um Estado Unificado , ou os Estados Unidos da Europa ?
A realidade dos efeitos ao lado dos interesses materiais , a identidade das tradições políticas , eu apenas vejo nesta Europa das realidades deste tempo , as sempre inquietantes diferenças que fazem a sua instabilidade , e que são as nações-estado a evidenciar as desigualdades no desiquilíbrio da balança política .
Quem até hoje fez a sua história e sua análise-síntese das políticas culturais e estruturais ,
alguém ? Nunca ou quase nunca !
Com efeito no dia que os governos deixem o seu individualismo , e compreenderem as necessidades de olhar a Europa não como um conjunto de Estados , mas como um Estado
único , então encontrarão por certo as pontes que liguem os rios das várias correntes de pensamento político para voltar a erguer os verdadeiros ideais Europeus .
É preciso repensar a Europa das élites e devolver a Europa aos povos , é preciso procurar estas respostas ;
 - O  que aconteceu à revolução industrial da Europa ?
- O que restringe os ideais de livre comércio ?
- O que é feito do tratado de livre circulação de pessoas e bens , com direitos iguais ?
- Onde está a Europa da solidariedade ?
Todos sabemos que houve um tempo das ditaduras , das opressões , e das guerras . Sabemos também que houve um tempo de derrube de muros , de barreiras ideológicas .
E houve um tempo de prosperidade , de progresso , mas que não foi sustentado nem equitativo . Que trouxe para a Europa o desemprego , a instabilidade , a desconfiança , e a desilusão do ideal Europeu .
E hoje ? Que é feito da esquerda progressista ?
Como e com que se justifica a esquerda conservadora ?
Qual o valor da direita liberal ?
Que razões há para o crescimento de esquerdas radicais , e direitas radicais ?
E finalmente qual o papel da política e da democracia moderada ao centro como o fiel da balança Europa .
Assim diga-se , uma vez Europa , sempre Europa , que seja a Europa  da justiça , da democracia , da paz , da confiança , da esperança , da liberdade , da oportunidade , da igualdade , da fraternidade e solidariedade .
A minha a tua , a deles , a de todos , e uma só Europa .

         José Paz
      Texto de autor
Lisboa 23 / 05 / 2014
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quinta-feira, 22 de maio de 2014

A Inconsciência da Consciência

Um dia o homem descobriu a consciência , e na sua inconsciência determinou o valor de uma e de outra . O homem descobriu que o domínio da sua mente lhe permitia viver mais e melhor .
Os dias somarão-se , e agora o animal que era antes , evoluiu para o ser humano , ainda assim  não deixou de ser animal , deixou  contudo o mundo da mente primitiva , o mundo do ser irracional , e passou a dominador racional e consciente.
Na sua evolução separou-se da origem , e definiu-se como ser superior . Assim o definiu o criador do mundo pois sobre a sua criação disse ,( terás o domínio sobre todos os animais da terra , todas as aves do céu , todos os peixes do mar ) .Antropólogo da sua própria existência , criou assim a distinção entre mundo natural e selvagem , e mundo artificial e civilizado. Somos pois forçados a fazer o retrocesso civilizacional para construir a nossa identidade , e a do ser evolutivo da sociedade humana .
Isto porque há a vida animal selvagem ,e também eles se constituem e vivem em sociedades , ou se quisermos em comunidade .
De realçar que na evolução do ser humano , o tempo é  bem mais curto que o da evolução dos animais (seres vivos ,vida existencial universal ) , a sua evolução não foi um caminho de de solidão e autonomia única . Bem pelo contrário , toda a natureza selvagem , animal , vegetal de uma forma ou de outra , e nas mais diversas metamorfoses , também o acompanhou , e em muitos casos foi tão rápida , tão eficaz , tão surpreendente na sua adaptação , que o superou em capacidade de acção e de superação dos novos desafios de vida .
Não é pois de admirar que hoje a sua existência , esteja ela mesma ameaçada na sua origem , que é a inconsciência ou consciência de exirtir sem destino definido , mas com tempo definido no lugar e no espaço que ocupa a sua vida .
Regresse-mos ainda que por artes mágicas da nossa consciência às virtudes humanas , à história da sua raça humana !
Salientar que a palavra sim transparente de designação , é raça ! Porque esta é a base da sua sustentação universal . Quantas vezes ouvimos dizer que uma raça animal está em vias de extinção . O facto é esse mesmo !
Foi a raça animal humana de carne e osso , de membros , de crânio , de sangue , de órgãos, que lhe permitem , ver , ouvir , falar , respirar , comer , vegetar , e pensar , enfim viver .
Bem ! Então mas em geral todos os animais tem iidênticas características e semelhantes funcionalismos na sua existência . Alguns dirão sorrindo mas não pensam !
Sim ! É claro que não pensão , porque se pensassem então a raça humana estaria extinta.
De tal forma não pensão que servem o ser humano individualista e cruel para com a sua existência . O que este animal hunamo , apenas agora e só muito lentamente começa a ter a consciência da sua caminhada destruidora e tenta inverter o caminho para um mesmo fim .
A inconsciência ou a consciência , as irmãs gémeas que nascidas juntas já mais se separaram , são a vitória e a derrota , a aceitação e a recusa , o desconhecido e o conhecido , a justiça e a injustica , a riqueza e a pobreza , a alegria e a tristeza , e todos os sentidos e sentimentos , são o passado , presente e futuro ,  mas de tudo ressalva um afinal , a vida e a morte .

       José Paz
   Texto de autor
Lisboa 22 / 05 /2014

terça-feira, 20 de maio de 2014

Democracia de Esquerda Ponto e Vírgula

A democracia de esquerda tem por consequência o valor da liberdade e da igualdade do ser humano .
Afigura-se-nos que isto é próprio do esquerdismo. Há que reconhecer que quando alguém se intitula de esquerda , proclama algo mais que uma confissão de pertencer a um partido , que segue uma ideologia . Exprime por conseguinte uma concepção do mundo que excede
o puramente político , e de uma maneira ou de outra isso significa que vive com particular intensidade as possibilidades de corresponder a tudo o que o inquieta , e às exigências da sociedade contemporânea , corrompida e destruturada , e cada vez mais desigual .
Aquilo a que chamamos esquerda merece voltar ao vigor e rigor de permanecer na actualidade . Hoje em dia , a política acha-se empregada de problemas culturais que afectam de forma directa a sociedade , tanto no sentido mais cómodo de cultura como reflexão íntima , como no de cultura de usos e custumes ou modos de convivência , e também no geral da objectividade resultante do encontro de realidades de espírito com as formas estabelecidas no mundo da natureza .
O ser humano está preocupado com o seu desenvolvimento crescente do instinto de autodestruição tão poderoso e tão rápido como condicionante , que quando o momento surge é com o instinto específico de conservação . No entanto para que as coisas fiquem bem claras é preciso que se pergunte , qual é , de entre todas as ideologias de esquerda as que estão à altura do nosso tempo , e as que melhor representam a nossa concepção de esquerda livre , igual , democrática.
A esquerda não é , nem pode ser apenas uma concepção do mundo , pois ela reveste-se do carácter das ideologias , e tende a praticar-se . Embora não possa ser esta afirmação absoluta , porque há muitos esquerdistas teóricos que nunca sonharam fazer coisa alguma para pôr em prática as suas ideias.
Mas a noção de esquerda é de natureza motora , possui aquilo a que a escola francesa chamava << motoridade das ideias >> , pode dizer-se que se alguém adquiriu o costume de pensar em conformidade com modelos de esquerda , de uma forma mais ou menos constante e activa , ou até mesmo discreta , tende a actuar e a aplicá-los na prática .
Há portanto a conclusão que enquanto a direita define posições políticas de ideologia conservadoras e proteccionistas , a esquerda verdadeira adopta politicas progressistas e expansionistas .
Hoje sobre o símbolo do universalismo é uma importante filosofia-síntese para explicar os grandes problemas , e constituir , e explicar alternativas para o visível atoleiro em que se encontra o país e a europa e até o mundo .
Será difícil determinar hoje a posição do homem ( ser humano ) no universo , porque ele próprio se constituí uma dúvida , ainda que esta seja serena num mundo sem serenidade .
A cultura de pensamento objectivo e subjetivo na forma global , está em constante readaptação no sentido técnico , específico e prioritário possível a conceder à política . A política actual é um dos problemas maiores de entre os grandes problemas mundiais de democracia e desenvolvimento  bem como sustentabilidade da sociedade .
É nessa constante de reajustamento ligada a economia e política , o facto de ser condição de estar intimamente ligada a ideia de esquerda , e ao pensamento no desenvolvimento urgente dos enquadramentos reais da sociedade , que são necessárias as buscas de verdadeiras e novas interpretações dos caminhos de esquerda .


          José Paz
    Texto de autor
Lisboa 20 / 05/ 2014

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Uma Política Nova para Novas Exigências

Cada dia que passa trás aos portugueses apreensões novas quanto à sua vida no presente   e também quanto ao seu futuro e ao futuro do País.
Embora a vida portuguesa pareça manter os traços exteriores de uma certa estabilidade , os cidadãos não se deixam iludir quanto ao preço a pagar pela degradação progressiva da vida económica e social e da actividade comercial e industrial da sociedade e do país .
No espírito da maioria dos portugueses uma questão se levanta ; como vamos sair desta situação ?
Para alguns as soluções parecem passar pelo retrocesso evolutivo da sociedade e até as opções que apresentam visão apenas a repressão pela tomada de posições ditatoriais e esquemas políticos que se julgavam banidos com o 25 de Abril de 1974.
Mas a questão mantém-se ; como sair desta situação ?
A verdadeira extensão dos estragos sofridos e produzidos , e a novidade de situações criadas , faz com que a originalidade das medidas a tomar , e todo o seu enquadramento tenha de ter os seus pilares bem assentes em condições de bases sólidas precisas que definam os objectivos próprios e prioritários , que relacionem os meios para os atingir , e inventariem os seus suportes respectivos numa economia globalizada e numa democracia em constante sufrágio por uma sociedade cada vez mais informada .
Mas muito mais importante que todas as possíveis medidas imediatas a por em prática,ainda  que sejam realidades concretas de um modelo de actuação política , interessa o todo conjunto que integra um todo coerente que representa a verdadeira resposta aos problemas e anseios às necessidades e às preocupações actuais das sobrevivências sociais e económicas das famílias portuguesas , e a sobrevivência da nossa economia e a restauração da soberania e independência de Portugal .
Estes últimos três anos demonstram que um governo pode vir rompendo todas as regras de jogo de  justiça social e política , mascarar as doenças que sucessivamente corroem o sistema democrático durante mais ou menos tempo e hipotecam o nosso futuro .
Ainda assim não conseguirá calar a voz do povo enquanto este acreditar e defender o que de mais valor a democracia lhe devolveu e que é a sua  liberdade .
Resumindo de forma concisa a nossa democracia ela esta numa direita social democrática que por fim se indireitou revelando a sua identidade através da repressão e restrição , afirmando a sua política de mercado liberal capitalista e desvalorizando o ser humano .
Por sua vez a esquerda perdeu-se vivendo um passado , não percebe nem vive o presente , e como resultado não tem uma ideia de futuro . Pior foi o facto de ter criado um labirinto de demagógicas utopias , de irrealidades , e um progressismo infantil e ruinoso.
Eu sendo um esquerdista moderado e conservador considero que ser progressista não é criar uma anarquia de sistemas desregulados e insustentáveis. Criou-se nestas ultimas décadas um progresso decadente que desvirtuou a sociedade e a tornou refém de si mesmo , e o sentido da vida é descartável , quer em bens transformados , quer nos recursos naturais , como se não fossem inesgotáveis. Pior , criou um ser humano individualista , que prefere a sua satisfação pessoal à da própria família , um ser humano que se fecha em si e tudo faz para satisfazer o seu egocentrismo único, uma sociedade que perdeu valores reais de vizinhança e solidariedade , em que qualquer um pode morrer na mais profunda solidão de uma vida rodeada do tudo do progresso , mas vazia do tudo da existência da vida .
Hoje mais que em qualquer outro tempo há que procurar a verdade , a capacidade , a responsabilidade , a solidariedade e a vida em comunidade .

         José Paz
     Texto de autor
Lisboa 19 /05 / 2014

domingo, 18 de maio de 2014

A Democracia Inclusiva

Somos homens  e mulheres uma sociedade que partilha um espaço de comunidade.
Numa comunidade existe o direito e o dever . Quando uma sociedade adopta um modelo de comunhão social democrático tem por objetivo incluir todos os elementos sociais e todos os seres vivos e naturais que lhe proporcionam a vida , e compõem o seu universo .
Qualquer homem ou mulher devidamente habilitado e capacitado e com o direito de livre acesso a essa democracia pode se predispor ou candidatar a ser o rosto e a voz dessa mesma sociedade a fim de a representar , e sob a sua legitimação construir consensos e organizar um Estado , livre , justo , equitativo , igualitário e solidário.
Assim se forma um Estado democrático participativo por iniciativa dos seus componentes mais importantes e que são as pessoas.
Assim se cria um Estado que passa a existir quando se reconhece a distinção entre governantes e governados , e se constitui uma hierarquia de agentes de poder central , apoiada numa organização judiciária ,política , económica , social e democrática .
A noção de Estado está pois ligada a uma sociedade unida com o propósito da defesa colectiva de um conjunto de bens comuns .
Por isso Estado é também o sinônimo de soberania , ( Povo , País , Estado , Pátria ) .
Cito agora Aristóteles ;<< é próprio da natureza do homem ser um animal social e político que vive em multidão >> , mas a sociedade nasce de um contrato  , não é um fruto da natureza , é não mais que uma mera convenção . Se assim não o fosse , não teria Alexandre Herculano , desiludido com os partidos políticos , e os políticos proferido esta frase ;<< quanto mais conheço os homens mais gosto dos animais >> .
É o estado uma constituição de valores  políticos , judiciais , económicos , sociais , e morais .
É também o Estado e os seus representantes uma vontade democrática de um povo e a soberania de um país . Não podem pois os seus representantes voltar as costas a esse povo e tão pouco à constituição que os elegeu e que servem .
Tenho por convicção que os representantes que  se elegem são o garante dos valores que se desejam ver defendidos e respeitados por uma sociedade justa  e  solidária no seu todo.
A justiça é um bem essencial para gerar a confiança de um povo , por sua vez a confiança gera a dignidade de existir de toda a sociedade .
Com a verdadeira aplicação destes princípios a democracia é o resultado de uma vontade que a todos une , na qual todos comungam , e partilham valores de igualdade , com os mesmos direitos e deveres , e com as mesmas garantias de oportunidades.
Isto nos diz que uma democracia não deve excluir os cidadãos dessa vida cívica activa , no estrito respeito pelas regras e leis do Estado . Incluir todos deve ser o objetivo primeiro do sentir da consciência democrática . Incluir com a predisposição para ouvir , para discutir , para aprofundar e gerar conhecimento , para construir consensos  e por fim para governar .
Fazer da democracia um poder de sujeição dos mais fracos , dos mais desfavorecidos e desprotegidos , ou ainda das minorias , e desvirtuar a razão da democracia , e ainda esvaziar a sociedade dos seus factores de unidade perante a defesa dos bens comuns.
É necessário que a democracia seja um exercício de seriedade , que inclua e não exclua , que não seja obscura mas sim transparente , não seja singular mas plural , que não seja restrita e fechada , mas livre e aberta .
Acredito que a democracia representa a diversidade , a diferença , a divergência , a opinião , a crítica , mas que no seu universo sentido de amplitude , ela é a unidade e a solidariedade entre gerações , faz da sociedade uma comunidade de homens e mulhures a que todos serve e da qual todos se servem , como um bem comum de vida em paz e liberdade .
É esta a democracia na qual como ser humano me idêntifico e que considero ser a melhor de todas as formas de funcionamento de um Estado de um País e da minha Pátria.

              José Paz
        Texto de autor
Lisboa 18/ 05 /2014

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Retalhos de uma Sociedade de números

Um abismo , e qual é o fim ?
Em princípio hoje há uma constatação da realidade que é um somatório de factos consumados e do conhecimento adquirido , muito por resultado do caminho até agora já percorrido pela sociedade.
Muitos se perfilam na defesa da ideia que o mal está na economia , mas a verdade é que o resultado da economia se deve à má política , que tem o dever de regular e definir as normas legais e jurisdicionais que a efectivem no procedimento dos funcionamentos dos mercados , assim o mal está não na economia mas na política.
Estando o mundo defenino na sua dimensão , e ocupando este o seu espaço no universo da vida que o rodeia e constitui , não é por isso calculável o seu tempo de existência , muito menos a qualidade dessa existência efectiva na vida de todos os seus habitantes .
Do mesmo modo não é previsível que se faça um diagnóstico realista do futuro da humanidade e do destino inconsequente dos caminhos do presente.
Mas é possível fazer sim da realidade do presente a previsão dos objectivos a alcançar num futuro próximo , ainda que estes possam sempre ser uma consequência imprevisível .
Há sempre no desejo mais íntimo da cada ser , uma vida que sabe não ser apenas sua e que a tudo e a todos pertencente directa ou indirectamente.
Esta pode ser ou não em todas as suas dimensões a mais que provável inconstância   e indefinição da virtude da vida da humanidade. Quando nascemos é-nos dado um mundo a descobrir , crescemos rodeados de vidas que influenciam a nossa mente e o nosso corpo . Construímos mundos que são a nossa identidade e o reflexo de todo o conhecimento e de toda a informação e formação que recebemos de nível intelectual , cultural , moral , que nos formatam e são  arquivados em nós , depois personalizados e individualizados , eles são a nossa face e o espelho do nosso ser .
No princípio humano há os que que são os guias da humanidade e os que seguem a humanidade . Milhares ao longo de gerações foram guias de milhões de seguidores ,  destes seguidores há os que foram e são fieis seguidores , e são a continuação desses princípios com o mesmo rigor , radicalismo e até fanatismo .
Porém houve e há aqueles que sendo influenciados souberam construir novos caminhos novas razões , novos horiontes , e novos guias e novos seguidores .
Mas o precipício está no caminho de todos , uns com maior aproximação outros ainda mais distantes , mas a realidade está aí , uns e outros encontram-se num percurso diferente , mas e qual é o objectivo de um final , que se vai escrevendo , e dum caminho que vai prescrevendo .

           José Paz
      Lisboa 16/05/2014
       Texto de autor

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Retalhos da Sociedade dos Números

Perdidos algures entre o real e o ilusório , assim vivem os governantes da sociedade moderna . Uma sociedade que vive em torno de uma economia baseada no consumo . O material afectivo e efectivo , e os bens de satisfação e realização pessoal e emocional , são hoje cada vez mais individualizados . Numa sociedade que evolui a uma velocidade nunca antes experimentada , não houve nem há tempo para a implementação sustentada da evolução de forma equitativa e igualitária . Em rigor não o seria , mas a injustiça sobrepôs a fraternidade humana e assim prevalece a justiça dos poderes económicos que dominam os povos , e os enumeram por forma de uma racionalidade de heroísmo consumidor.
Não há hoje a preocupação de solidificar a evolução de forma sustentada e bem alicerçada   para o bem estar e qualidade de vida da sociedade enquanto agente principal da economia. Em matéria de opções de justiça social e económica a regra é uma soma dos números e o dividendo dos lucros pelo do capital . Os mercados são hoje o modelo dominador de uma factual economia dominante sobre os valores humanos .
A vida perdeu o valor da dignidade , da sua existência é apenas na conta uma parcela numeral na equação da multiplicação da economia global . No objectivo civilizacional dos povos , enquanto uns lutam pela sua própria sobrevivência , outros lutam pelo domínio único da vida de números de consumidores . Assim as desigualdades são cada vez mais um abismo que se estende de um estremo ao outro estremo do mundo , que se compreende existir , mas que o capital e os mercados parecem ignorar , como se não houvesse um amanhã.
É pois um facto cada vez mais visível o crescendo de diferencial entre pobres e ricos , a classe média parece ruir como baralho de cartas , a classe operária míngua em labor e salário , a classe política fecha os olhos e vive acima dos valores da democracia , enquanto o grande capital estrangula toda a economia e sufoca a sociedade sem esperança no futuro .
É também espectável que tanto uns como outros caminhem para o abismo , e que se encontrem de um lado e de outro , ambos terão o mesmo desejo de ser dos últimos a cair , mas a verdade é que como forem caindo o abismo se vai ampliando , para um mesmo fim .

       José Paz
Lisboa 12/5 /14
Texto do autor

domingo, 11 de maio de 2014

Uma razão de ser Europeu na minha visão desta Europa

Europa = verdade - liberdade - propriedade - democracia.

É a Europa um símbolo de verdade .....!
Foi nesta Europa que se desenvolveu por intermédio do gerar do conhecimento a ciência da cultura do pensamento e através dessa ciência a procura constante da verdade que mudou e muda todos os dias o mundo na consciência da existência desta Europa.
Assim por consequência a investigação científica há um resultado , o da procura permanente da razão , num amor à verdade e aos meios para a alcançar , e tendo por complemento a dúvida e a crítica.
O espírito crítico é o instrumento essencial , e o método histórico e de pesquisa rigoroso ,são utensílios intelectuais e privilégios desta Europa ,também por isso o respeito pela verdade e pela crítica é um valor europeu incontestável. Por dever a pessoa humana e a busca da verdade estão ligadas na sua dignidade de existir , se não o fosse , bastaria pensar que em nome da  verdade e liberdade foram Milciades e Temístocles combater os Persas na batalha de Maratona e Salamina , que Jofre e Petain as lutas contra o imperador Guilherme II no Marne e em Verdun , e que Leclerc e Delattre de Tassigny se bateram na segunda guerra mundial em Estrasburgo ou em Colmar , mas também em Portugal se fez um 25 de Abril de 1974 com o Capitão Salgueiro Maia a liderar o movimento dos capitães ,e por um povo sedento de verdade e liberdade. << A liberdade de cada um está indefectivelmente ligada à de todos , e a liberdade de todos à liberdade de cada um .>> isto disse e escreveu um dia Raymond Polin . A liberdade implica a afirmação como boa a existência dos outros tais como são , num pluralismo de convicções e de opiniões que todos reconheçam como normais nas suas semelhanças e nas suas diferenças . A liberdade implica igualmente a ordenação dos homens e mulheres que colaboram entre si num sistema de chefias e hierarquias de autoridade e necessário a todas as actividades de interesse privado ou colectivo , bem como uma ordem comum ou pública . A liberdade exige ao mesmo tempo o consenso em torno de um principio de justiça , que enunciadas as condições mínimas de vida se constitua a base de um sistema de proporções , regulando as relações e valores entre os membros da sociedade. Justiça que assegura na ordem  de valores , direitos e deveres que se podem exprimir nos adágios tais como << não lesar ninguém >> e << a cada um o que lhe cabe >> ou << não faças aos outros o que não queres que te façam >> . A liberdade implica uma ordem social e toda a ordem social uma ordem política , é por isso a ordem política o resultado de uma sociedade livre e ordenada em valores de justiça e democracia equitativa e que se pretende igualitária .

A Europa e o direito individual e colectivo de propriedade....!

Adoptou a europa de um modo geral um sistema de propriedade para um mesmo património , como propriedade sujeita a tributo periódico , e o domínio útil do camponês , a propriedade autêntica com direito a usufruir dos seus frutos e legar direito a tributo a herdeiros , de a vender ou de estar protegida contra o esbulho . Sempre no sentir dos europeus houve a consideração indispensável à propriedade e liberdade dos direitos  dos homens.
Um homem ou mulher têm direito à sua liberdade individual , porque tem na verdade direito à propriedade do seu corpo e do seu pensamento e criação intelectual e cultural ou artística .

A Europa sempre foi a identidade da democracia...!

Verdade ,liberdade propriedade ,democracia ,a Europa sempre se definiu também pelo sentido da medida das coisas , e pelo que representam à escala da pessoa humana . A Europa só poderá alcançar a sua unidade política pela renúncia de  qualquer Estado ou Nação ao seu domínio sobre os outros . Esta Europa só se poderá constituir uma unidade quando assegurar a defesa comum e a coordenação de esforços nos domínios económicos , sociais , científicos , e culturais de todos os seus elementos . A Europa pode sem dúvida avançar para uma forma de regionalismo abrangendo e integrando todo o seu território , mas não sem garantir o total respeito pela independência de cada povo no seu amor e patriotismo e a autoridade de cada país . O europeu é por origem um missionário no seu próprio espaço geopolítico e fora dele ,  também . O seu esforço para a universalização do seu pensamento , da sua  ciência , e das suas filosofias e identidade cultural são uma verdade , também a sua aptidão para receber de todas as civilizações o que delas pode encontrar de assimilável , nessa arte subtil de destinguir  , de deduzir e induzir , é o fundamento do primeiro valor europeu , o sentido agudo da pessoa , do ser singular e individual com inteligência , razão , e vontade .
O primeiro grande problema que enfrenta a Europa é que têm de haver europeus . Ora na actualidade em todos os países se apresenta uma insuficiência de  natalidade que na realidade não assegura a substituição dos que vão morrendo , e não garante a qualidade de vida das gerações actuais , assistindo-se a uma degradação dos valores da sociedade.
É por isso sem ímpeto , sem movimento e sem força criadora , incapaz de suportar uma sociedade sem efectivos bastantes de produtores e consumidores que faz oscilar a sua balança comercial , económica , social , e política.
A Europa deve e tem de adoptar políticas novas no reforço da natalidade e demografia .

O segundo problema a escola a educação e a universalidade do ensino .

A escola primária sem transviar em pedagogias ambiciosas e decepcionantes , deve retomar o sentido da sua integração numa hierarquia de comunidades . Da sua prática conscienciosa do ofício de ensinar , e com esse desígnio pelo aperfeiçoamento dos valores do indivíduo , que com osconhecimentos fundamentais de ler , escrever , contar , conduzam à capacitação da educação cívica , moral , científica , intelectual , e política , que juntamente ensinados com preocupação do hábito ao esforço e sobretudo ao valor responsável e competente e ainda profissional dote os europeus de uma nova consciencialização técnica , científica , económica e política da Europa e das  sociedades modernas evoluídas.

O terceiro problema a globalização do poder da economia....!

Em verdade pode dizer-se que não é um , mas sim um conjunto interligados entre si , e com o mundo , a começar pelos recursos e fontes de abastecimento de energias que o seu desenvolvimento assim obriga e condiciona limitando a sua progressão para uma política forte de avanço no caminho para uma maior independência energética , evitando assim os constrangimentos das oscilações dos mercados em principal do petróleo .
Há ainda a concorrência económica mundial , consequente por uma globalização comercial universal . Esta concorrência faz com que muitos estados europeus saindo das suas fronteiras permitam que muitas industrias se instalem e até vendam as suas fábricas completas , permitindo a instalação de propriedade industrial em economias mais favoráveis, fornecendo-lhes metodologias de trabalho , técnicas e técnicos especializados , bem como planos de evolução científica , pondo em causa o grande efectivo de conhecimento social , a degradação do seu crescimento activo e efectivo sustentado , o que não promove a estabilidade laboral , a criação de emprego , a dignidade salarial , e constituem um retrocesso civilizacional pondo em causa a sua sobrevivência enquanto uma união de Estados com objectivos comuns. Temos pois que considerar qual o papel da Europa neste século , e quais os seus objectivos , porque com esta passagem dos sonhos , das utopias , das retóricas e das teorias para a Europa das realidades , não podemos mais viver em alheamento do presente , sem um fio condutor que nos una e guie em solidez num horizonte futuro.

O sentir de um convicto europeu .

Na Europa das realidades a democracia não pode ser um conjunto de políticas criado num parlamento institucional , mas com uma ausência efectiva duma verdadeira e única constituição europeia . Esta Europa tem de sentir como sua a já firmada vontade de viver em comunidade e ouvir as correntes de reflexão que vão para além da verdade política e que representam uma expectativa de uma Europa dos europeus unidos mas aberta ao mundo.
Se esta europa fechada em si que não age apenas reage , já não é a Europa dos trabalhadores de hoje , não será a Europa da juventude de amanhã , e não poderá anciar ser um modelo de um desenvolvimento e um progresso que a todos inclua e que a todos sirva nas suas diferenças , o que compromete a verdadeira solidariedade e igualdade de oportunidades entre os povos , e assim deixa de ser um garante da estabilidade e da paz social.
Quero ainda salientar , que não se trata apenas e só de criar inteiras e de uma só vez estruturas jurídicas , ou económicas , ou sequer sociais , novas. Mas de harmonizar as estruturas existentes , mesmo no ambiente  de uma conjuntura pouco favorável sob o ponto de vista económico e social . Mas regularizar problemas tão diversos como a produção e comercialização dos produtos produzidos  e na indústria que passa pela uniformalização de produções tão diversas como pescas , agricultura , educação  , saúde , transportes , e segurança , estes que são exemplos de uma desigualdade dentro da União Europeia .
Este movimento individualista poderá ser fatal ao desenvolvimento e consolidação dos propósitos de mercado comum e da moeda comum o Euro . Porque a globalização questiona todos os dias as verdadeiras capacidades da Europa de hoje , sendo cada estado que a forma demasiado pequeno para as condições de vida universais  e de mobilidade dos  europeus . Não é pelo confinamento  numa região ou num grupo restrito de uma união de Estados que se chega a ser europeu , mas sim pelo alargamento dos sentimentos das ideias e ideais e dos horizontes políticos que os unem . Se é verdade que na progressão da família para a aldeia e da aldeia para a cidade , da cidade para a província e da província para o país , também é necessária a progressão até à Europa . Mas também no cidadão é necessária a progressão interna psicológica , aprendendo a servir a sua família , a sua aldeia ,a sua cidade , a sua província , o seu país , e que alargue a sua visão  servindo com o empenho dedicado como a actual situação de comunidade europeia o exige a sua Europa .
É necessário que nós europeus possamos superar as nossas diferenças , os nossos medos , as nossas angústias , bem como as nossas ideologias , e se recupere a sua íntima entidade pela liberdade de todos e contra todos os confinamentos . Que dilatemos o nosso consciente e o nosso olhar até às fronteiras da Europa , e tomemos conta de tudo o que devemos a esta Europa , das nossas responsabilidades , dos nossos deveres , e dos nossos direitos .
Uma democracia igualitária , justa , solidária , que se converta nas razões de existir de uma comunidade com fraternidade , e paz , que  tenha o objectivo de ser um projecto de vida de todos os europeus num amor pela verdade , propriedade , liberdade ,de um todo que somos nós Europa.

          José Paz 
Lisboa 11 de Maio de 2014

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